terça-feira, 16 de março de 2010

Aquecimento Global

Entendemos então o Aquecimento Global como um fenómeno climático de larga extensão, ou seja, é um aumento da temperatura média superficial global que se vem verificando desde os últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda hoje é objecto de muitos debates entre cientistas.
Causas naturais ou antropológicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenómeno. O IPPC (Painel Intergovernamental para as Mudanças
Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica
Mundial em 1988) no seu relatório mais recente diz que a maioria do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve muito provavelmente a um aumento do efeito de estufa, havendo evidência forte de que a maioria do aquecimento verificado derive de actividades humanas.
Recentemente, muitos meteorologistas e climatológicos afirmam publicamente que consideram que a acção humana está directamente relacionada com a evolução do fenómeno.
Grande parte da comunidade científica acredita que o aquecimento observado se deve ao aumento da concentração de poluentes antropogénicos na atmosfera o que causa um considerável aumento do efeito estufa.
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correcção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2 ºC durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000 (fonte IPCC). De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que fez com que temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um arrefecimento global. O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a do Oceano Atlântico Norte, se tenha verificado um arrefecimento.
É muito provável que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos (Fonte: IPPC). Há, no entanto que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000. Foram obtidas evidências secundárias através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX. Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retracção das montanhas geladas em regiões não polares durante todo o século XX.

Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa tropical do Atlântico. Esses factores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furacões registada nos Estados Unidos, México e países do Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de 1945-1969, em que ocorreu um ligeiro arrefecimento global, houve 80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a actividade dos furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura.

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